quinta-feira, 16 de junho de 2016

Teste 5 Biologia 10º

I
Depois de comprovado que o mRNA serve como cópia do DNA cromossómico e especifica a sequência de aminoácidos numa cadeia polipeptídica, coloca-se naturalmente a questão de saber como este processo ocorre. Há muito tempo que se sabia que todas as proteínas são constituídas por uma sequência dos mesmos 20 aminoácidos. Sabia-se também que existem apenas 4 nucleótidos de mRNA: adenina, uracilo, guanina e citosina. Assim, os aminoácidos são codificados por apenas 4 bases de mRNA. Mas como é realizada essa codificação? Faltava, ainda decifrar o código genético.
O primeiro passo para essa decifração deu-se em 1961, com os trabalhos dos cientistas Nirenberg, americano e Mathael, alemão. A maneira mais simples seria começar com uma molécula de mRNA, com uma sequência conhecida e, de seguida, determinar a sequência de aminoácidos da proteína sintetizada. Assim, por comparação entre a molécula de mRNA e a sequência de aminoácidos da cadeia polipeptídica, seria possível determinar o código genético.
Seguindo esse raciocínio, Nirenberg e Mathael misturaram, num tubo de ensaio, um poli-uracilo (apenas nucleótidos de uracilo) com a maquinaria de síntese proteica da bactéria E. Coli, tendo observado a formação de uma proteína. A análise posterior da proteína revelou que era uma poli-fenilalanina, uma sequência de moléculas de fenilalanina. Estava assim descoberta a primeira “palavra” do código genético. De seguida, estes autores realizaram o mesmo procedimento com outros dois filamentos de mRNA, um poli-citosina e outro poli-adenina, tendo obtido proteínas constituídas apenas pelos aminoácidos prolina e lisina, respetivamente.

Figura 1 - Experiência de Nirenberg e Mathael
Na sequência das experiências de Nirenberg e no sentido de decifrar o código genético, Gobind Khorana sintetizou moléculas de mRNA complexas, constituídas por uma sequência de nucleótidos com 2 tipos de bases azotadas, em alternância, como por exemplo ACACACACA, tendo obtido, neste caso, uma proteína formada por dois tipos de aminoácidos – treonina (tre) e histidina (his).

Na resposta a cada um dos itens de 1 a 4 selecione a única opção que permite obter uma afirmação correta.

1. O problema que conduziu à realização, por Nirenberg e Mathael, das experiências referidas no texto foi:
(A) Determinar o processo de síntese de mRNA
(B) Conhecer as diferentes etapas da tradução
(C) Estabelecer a correspondência entre os codões e os aminoácidos que determinam a cadeia polipeptídica
(D) Conhecer a importância da maquinaria de síntese proteica da E. coli na determinação das sequências de aminoácidos na proteína sintetizada

2. A primeira “palavra” do código genético a que se refere o texto é o …
(A) Aminoácido fenilalanina
(B) Poli-uracilo utilizado
(C) Codão UUU
(D) Nucleótido de uracilo

3. A “maquinaria” de síntese proteica de E. coli não deve incluir
(A) Ribossomas e proteínas
(B) Pré-mRNA e enzimas para o seu processamento
(C) Enzimas de ativação e tRNA
(D) tRNA e aminoácidos

4. Os resultados obtidos por Khorana no exemplo referido no texto permitem:
(A) Identificar o codão que codifica o aminoácido histidina
(B) Identificar o codão que codifica o aminoácido treonina
(C) Identificar os dois codões que codificam os aminoácidos histidina e treonina
(D) Concluir que a histidina é codificada pelo codão ACA e CAC

5. Ordene as letras A a E, de modo a estabelecer a sequência cronológica de acontecimentos que ocorrem durante a fase de tradução da síntese proteica
(A) As cadeias polipeptídicas separam-se do ribossoma
(B) A subunidade menor do ribossoma liga-se à extremidade 5’ da cadeia de mRNA
(C) Estabelece-se uma primeira ligação peptídica entre a metionina e o aminoácido recém-chegado
(D) Ligação do fator de libertação a um codão de terminação
(E) O ribossoma avança para outro codão no sentido do extremo 3’

II
Herbert Taylor, em 1957, a fim de compreender a evolução dos cromossomas durante um ciclo celular, cultivou raízes de uma planta vascular, Bellevalia romana, em dois meios de cultura inorgânicos, meios de cultura 1 e 2, aos quais adicionou colchicina numa baixa concentração, bloqueando desta forma a migração
dos cromatídeos para pólos opostos. As raízes foram inicialmente cultivadas no meio de cultura 1, ao qual se acrescentaram nucleótidos de timina marcados radioactivamente com trítio (H3). Após algum tempo de permanência no meio de cultura 1, dois grupos de raízes foram transferidos para o meio de cultura 2, tal como se representa na figura, permanecendo neste meio por diferentes períodos de tempo.
A figura 2 representa, esquematicamente, os cromossomas de células das raízes de Bellevalia romana mantidas no meio de cultura 2 durante tempos diferentes, tempo A e tempo B, nos quais os grãos escuros revelam a presença de radioatividade.

Figura 2 - esquemas dos cromossomas das celulas, nos tempos A e B, no meio 2
Texto e figuras elaborados com base em Bordas, Biologie, 1983
No século XX, com o contributo do conhecimento da ultra-estrutura celular e da bioquímica, a colchicina foi considerada um agente que bloqueia a normal multiplicação celular, ao interferir com a dinâmica dos microtúbulos do fuso acromático, no processo de divisão nuclear. Os microtúbulos são estruturas tubulares rígidas, que podem crescer ou encurtar por adição ou perda de moléculas de uma proteína, a tubulina. A colchicina, ao ligar-se aos peptídeos α e β da tubulina, na fase S do ciclo celular, origina estruturas não tubulares.

Na resposta a cada um dos itens de 1 a 3, selecione a única opção que permite obter uma afirmação correta.

1. O meio de cultura 2, no tempo A, permite identificar a …
(A) Metáfase, possuindo cada cromatídeo uma cadeia polinucleotídica radioativa
(B) Anáfase, possuindo cada cromossoma uma cadeia polinucleotídica radioativa
(C) Metáfase, possuindo cada cromatídeo duas cadeias polinucleotídicas radioativas
(D) Anáfase, possuindo cada cromossoma duas cadeias polinucleotídicas radioativas

2. Desde o início da experiência, os cromossomas de uma célula, no tempo B, sofreram …
(A) Dois processos de replicação de DNA, ocorridos após as interfases dos dois ciclos celulares
(B) Um processo de replicação de DNA, ocorrido após a interfase de um ciclo celular
(C) Um processo de replicação de DNA, ocorrido durante a interfase de um ciclo celular
(D) Dois processos de replicação de DNA, ocorridos durante as interfases dos dois ciclos celulares

3. Ao longo da (…), cada cromatídeo fica progressivamente mais próximo de um dos pólos do fuso.
(A) Prófase
(B) Anáfase (C) Telófase
(D) Metáfase

4. Ordene as letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência cronológica dos acontecimentos durante um ciclo celular.
(A) Alinhamento dos cromossomas na placa equatorial
(B) Replicação do DNA
(C) Formação do fuso acromático
(D) Reaparecimento do nucléolo
(E) Ascensão polar dos cromatídeos irmãos

5. Faça corresponder cada uma das etapas do ciclo celular, expressas na coluna A, à respectiva designação, que consta da coluna B. Utilize cada letra e cada número apenas uma vez.

Coluna A
a) Reaparecimento dos nucleótidos
b) Disposição dos cromossomas na zona equatorial
c) Desorganização da membrana nuclear
d) Replicação do DNA
e) Divisão dos centrómeros
Coluna B
1. Anáfase
2. Citocinese
3. Fase G1
4. Fase G2
5. Fase S
6. Metáfase
7. Prófase
8. Telófase










6. Na quimioterapia do cancro, substâncias como a colchicina e a vimblastina impedem a polimerização da tubulina.
Explique, referindo-se ao processo de divisão celular, em que medida o uso daquelas substâncias pode constituir uma medida terapêutica dos tumores cancerígenos.


III
A noção de ciclo celular é essencial em Patologia e em Terapêutica. Na figura 3 encontra-se esquematizado um ciclo celular, em que se assinalaram três pontos de controlo do mesmo: o ponto G1, o ponto G2 e o ponto M. O ultrapassar destes pontos depende da interação de diversas proteínas. Dada a complexidade do ciclo celular e dos respetivos mecanismos de controlo, não é de estranhar que ocasionalmente ocorram erros. A falha dos mecanismos de controlo pode conduzir a uma proliferação celular descontrolada, que é uma das possíveis causas de tumores. Se estes tumores forem malignos, designam-se por cancros.

1. Durante um ciclo celular, as células que apresentam o material nuclear já duplicado encontram-se na…
(A) … telófase e na metáfase
(B) … telófase e na fase S
(C) … prófase e metáfase
(D) … G1 e na fase S

2. Durante o desenvolvimento embrionário as células vão sofrendo um processo de diferenciação celular que as torna competentes no desempenho da sua função específica. O processo de diferenciação nestas células é devido:
(A) À ativação ou bloqueio de genes diferentes
(B) À existência de genes diferentes entre elas
(C) Ao facto de terem sofrido mutações do seu DNA
(D) Ao facto de possuírem cópias diferentes do seu DNA

3. O processamento alternativo consiste na remoção
(A) Apenas de intrões
(B) Apenas de exões
(C) Dos intrões e de alguns exões
(D) Dos exões e de alguns intrões

4. Faça corresponder cada uma das descrições da coluna A ao termo da coluna B que identifica o respetivo conceito:

Coluna A
a) Permite obter indivíduos geneticamente iguais ao progenitor
b) Processo que permite às células somáticas adquirirem características semelhantes às células embrionárias
c) Capacidade para originar indivíduos completos
d) Aquisição de especializações celulares que definem a estrutura e a função de uma célula e) Capacidade de uma célula se desenvolver/diferenciar num só tipo de tecido/célula
Coluna B
1. Totipotência
2. Desdiferenciação
3. Pluripotência
4. Clonagem
5. Diferenciação
6. Unipotência
7. Multipotência
8. Embriogénese















5. Comente a afirmação: “A totipotência é a base da clonagem”.


IV
Fatores que afetam a regeneração em planárias
A planária é um pequeno animal que faz parte de um grupo de platelmintes chamados turbelários. Têm o corpo achatado, semelhante a uma folha alongada. É um animal hermafrodita insuficiente que se reproduz sexuadamente e assexuadamente, alternando estes processos de acordo com as condições do meio. O processo sexuado é mais comum e ocorre preferencialmente na primavera e no verão.
A espécie Dugesia gonocephala é caraterística de ambientes de água doce e pode ser encontrada em pequenos cursos de água límpida. Como é um animal fotófobo, tem tendência a esconder-se da luz, escolhendo as pedras que cobrem o leito de ribeiras de montanha. A recolha pode ser realizada de forma simples com a ajuda de um pincel, para não as danificar.
Estes animais apresentam uma grande capacidade de regeneração, que se baseia na atividade de células indiferenciadas designadas “neoblastos”, que migram para a zona lesada e se organizam numa estrutura não pigmentada, que recebe o nome de blastema de regeneração.
Processo de regeneração da cabeça dDugesia gonocephala
(a) representação esquemática da constituição do blastema em regeneração (b) o mesmo animal fotografado todos os dias após a amputação. Os números
 referem-se aos dias após a amputação
Para estudar a influência de alguns fatores na velocidade de regeneração da planária, foram utilizados, em laboratório, vários exemplares de planárias divididos por lotes e submetidos a diferentes condições experimentais, como indica na tabela 1

As planárias foram, depois, seccionadas com o auxílio de um bisturi e mantidas nas condições experimentais indicadas. Durante 15 dias foram observadas as diferentes secções e foi medido o seu tamanho. Os resultados obtidos foram os da tabela 2
Tabela 2
Na resposta a cada um dos itens 1 a 7, selecione a única opção que permite obter uma afirmação correta

1. Tendo em conta os resultados experimentais, é possível afirmar que:
(A) Todos os fatores em estudo atrasam a migração dos neoblastos para a zona lesada
(B) Todos os fatores em estudo têm influência na velocidade de regeneração das planárias
(C) O tempo de duração da experiência foi insuficiente para retirar qualquer conclusão
(D) A presença de cafeina não tem qualquer influência na velocidade de regeneração

2. As planárias do lote 1 constituem o grupo de controlo porque …
(A) Se encontram nas condições semelhantes às do meio natural
(B) As condições a que foram submetidas aceleram o processo de regeneração normal das planárias
(C) Se regeneram mais rápido do que as dos restantes lotes
(D) A temperatura e o pH da água de cultura foram mantidos constantes ao longo de toda a experiência

3. No lote 1, os indivíduos obtidos após a regeneração são…
(A) Todos clones, porque foram recolhidos no mesmo local
(B) Todos clones, porque foram obtidos por um processo de reprodução assexuada
(C) Clones apenas os que resultaram de frações de um mesmo individuo
(D) Clones apenas os que regeneraram a parte anterior do corpo

4. A grande capacidade de regeneração das planárias permite que elas se reproduzam (…) originando (…)
(A) Assexuadamente por bipartição, (…) indivíduos morfológica e geneticamente idênticos
(B) Sexuadamente por bipartição, (…) descendência geneticamente diferente
(C) Sexuadamente por fragmentação, (…) descendência geneticamente diferente
(D) Assexuadamente por fragmentação, (…) indivíduos geneticamente idênticos

5. Para regenerar as partes em falta em cada um dos segmentos originados pelo corte, os neoblastos …
(A) Multiplicam-se por meiose e especializam-se em diferentes funções
(B) Diferenciam-se e, posteriormente, multiplicam-se por meioses sucessivas
(C) Dividem-se, originando células haploides que se fundem para originarem células diferenciadas (D) Multiplicam-se por mitose e sofrem diferenciação

6. Considerando uma população de planárias de uma determinada ribeira, será de esperar que …
(A) A sua variabilidade genética aumente durante a primavera e o verão
(B) A sua variabilidade genética diminua durante a primavera e o verão
(C) A sua variabilidade genética se mantenha ao longo de todo o ano
(D) O tamanho da população cresça exponencialmente durante a primavera e o verão

7. No processo de micropropagação de plantas a partir de plantas adultas, é necessário provocar a …
(A) Fecundação in vitro, utilizando-se, por isso, um meio liquido
(B) Diferenciação das células, recorrendo-se, para isso, à utilização de nutrientes minerais
(C) Desdiferenciação das células, recorrendo-se, para isso, à utilização de fito-hormonas
(D) Meiose, recorrendo-se, para isso, a reguladores químicos

8. O processo de esporulação é muito comum em fungos, como, por exemplo, o bolor do pão.
Ordene as letras de A a E, de modo a estabelecer a sequência cronológica de acontecimentos relacionados com o processo de esporulação neste fungo. Comece pela letra A.
A. Na extremidade de algumas hifas aéreas (esporangióforos) diferencia-se uma estrutura globular
B. A germinação de células assexuadas origina hifas
C. Divisões mitóticas originam células reprodutoras assexuadas no interior da célula-mãe
D. Ocorre a dispersão dos endósporos
E. O amadurecimento do esporângio provoca o seu rompimento

9. Em floricultura recorre-se cada vez mais a técnicas de micropropagação, visando a manutenção de caraterísticas comercialmente importantes e a obtenção de um grande número de indivíduos, num curto espaço de tempo.
Explique de que modo as plantas obtidas por este processo poderão apresentar maior vulnerabilidade a pragas ou a alterações do meio prejudiciais, quando comparadas com as culturas obtidas naturalmente.

V
Todos os organismos necessitam de matéria orgânica para sobreviver. Enquanto uns conseguem produzi-la, outros têm que selecionar e posteriormente processar os alimentos.

1. Ordene as letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência cronológica dos acontecimentos relacionados com um processo de digestão intracelular.
A. Formação de um vacúolo digestivo
B. Transporte de macromoléculas por endocitose
C. Fusão de vesícula exocitica com a membrana celular
D. Transporte de nutrientes simples para o hialoplasma
E. Fusão de um lisossoma com uma vesicula endocitica

Na resposta a cada um dos itens 2 a 6, selecione a única opção que permite obter uma afirmação correta

2. As dáfnias, pequenos animais do zooplâncton, fazem parte da teia alimentar obtendo o seu alimento por …
(A) Absorção e, como tal, são seres decompositores
(B) Absorção e, como tal, são seres consumidores
(C) Ingestão e, como tal, são seres consumidores
(D) Ingestão e, como tal, são seres decompositores

3. Na minhoca, a digestão …
(A) Acontece de forma progressiva, ao longo do tubo digestivo
(B) Origina macromoléculas que são absorvidas ao longo de uma cavidade corporal
(C) Gera resíduos que são eliminados através da única abertura do tubo digestivo
(D) Ocorre no interior de organitos celulares que contêm enzimas digestivas

4. Durante a fotossíntese, na fase diretamente dependente da luz, ocorre …
(A) Oxidação de NADP+
(B) Fosforilação de ADP
(C) Descarboxilação de compostos orgânicos
(D) Redução de CO2

5. Na fase não dependente diretamente da luz, as moléculas necessárias para a produção de glícidos e de óleos são…
(A) O2, NADPH, ATP
(B) CO2, H2O, ADP
(C) O2, H2O, ADP
(D) CO2, NADPH, ATP

6. No processo de produção de compostos orgânicos, a fixação de CO2, ocorre …
(A) No cloroplasto, na fase dependente diretamente da luz
(B) No cloroplasto, na fase não dependente diretamente da luz
(C) Na mitocôndria, na fase dependente diretamente da luz
(D) Na mitocôndria, na fase não dependente diretamente da luz

_____________________________
Correcção:
I     1)C   2)C   3)B   4)C   5)B-C-E-D-A

II    1)A   2)D   3)B   4)B-C-A-E-D   5)a-8  b-6  c-7  d-5  e-1
6)-As substâncias como a colchina e a vimblastina, quando administradas aos pacientes, vão atuar na mitose das células cancerígenas, impedindo a formação do fuso acromático
- Na mitose não pode ocorrer a separação dos cromatideos irmãos durante a anafase, vai bloquear a divisão celular

III   1)C   2)A  3)B   4)a-4  b-2  c-1  d-5  e-6
5)-Referir significado de  totipotência
- Referir significado de clonagem
-Clonagem consiste na produção de um ou mais indivíduos geneticamente idênticos

IV   1)B   2)A   3)C  4)D   5)D   6)A   7)C   8)A-C-E-D-B
9)-Referir significado de micropopagação
-Referir variabilidade genética
-Sementes podem estar infectadas

V   1)B-E-A-D-C   2)C   3)A   4)B   5)D   6)B

segunda-feira, 6 de junho de 2016

Teste 1 Geologia 10º

I

No culminar do processo de acreção, a Terra teria uma composição quase homogénea, similar à dos meteoritos mais primitivos. A enorme quantidade de energia térmica que a caracterizava, aliada à gravidade, conduziu à estrutura diferenciada que hoje conhecemos.
O manto constitui 67% da massa e 82% do volume da Terra. Os materiais que constituem o manto só muito raramente estão acessíveis, o que leva a que, para o seu conhecimento, tenhamos de nos socorrer da Geofisica. Contudo, estudos isotópicos de alguns materiais mantélicos, em particular o estudo do decaimento do háfnio-tungsténio (Hf-W), permitem calcular que a formação do núcleo empobreceu o manto em elementos metálicos. Este processo terá sido extremamente rápido, estando concluído cerca de 35 M.a. após a formação do sistema solar.
O gráfico da figura 1 representa as variações da energia térmica e da pressão no interior da Terra na atualidade, traduzidas pelo traçado da curva geotérmica.

Baseado em Mata, J. e Martins, L. A evolução do manto: uma perspetiva geoquímica, FCUL, 2009



Na resposta a cada um dos itens de 1 a 5, selecione a única opção que permite obter uma afirmação correta

1. A partir da analise da figura 1, verifica-se que…
(A) … a temperatura no núcleo externo é inferior à temperatura de fusão dos materiais
(B) … a pressão aumenta de forma constante com a profundidade
(C) … o gradiente geobárico é maior no núcleo externo do que no núcleo interno
(D) … o gradiente geotérmico é mais elevado no núcleo interno do que no núcleo externo

2. Considera-se um método direto de investigação do interior da geosfera …
(A) … o estudo de fragmentos mantélicos transportados por magmas ascendentes
(B) … o estudo do campo magnético terrestre atual
(C) … a análise da composição mineralógica de meteoritos
(D) … a análise do comportamento das ondas sísmicas em profundidade

3. A individualidade do núcleo deu-se por um processo de …
(A) … contração gravítica, que conduziu à concentração superficial de compostos ferroniquélicos
(B) … contração gravítica, que conduziu à concentração em profundidade de compostos siliciosos
(C) … separação gravítica, que fez acumular no centro do planeta elementos de elevada densidade
(D) … separação gravítica, que fez acumular no centro do planeta elementos de baixa densidade

4. O grau geotérmico…
(A) … diminui com a aproximação a regiões de elevada entalpia
(B) … aumenta com a aproximação a dorsais oceânicas
(C) … diminui quando diminui o gradiente geotérmico da zona
(D) … aumenta quando aumenta o fluxo térmico da região

5. Explique o elevado gradiente geotérmico registado nas zonas de dorsal médio-oceânica.


II

O vulcão Tambora situa-se, em contexto de subducção, na Indonésia. Em 1815, a erupção deste vulcão teve um grande impacto no clima terrestre, tendo o ano de 1816 ficado conhecido como o “ano sem verão”. Atualmente, porém, sabe-se que as cinzas vulcânicas têm um papel negligenciável no arrefecimento da superfície terrestre, uma vez que não permanecem na atmosfera tempo suficiente para bloquear a radiação solar. No caso do Tambora, o magma que alimentou a erupção era muito rico em enxofre, tendo sido ejetadas cerca de 85 milhões de toneladas de dióxido de enxofre (SO2) para a atmosfera.
Na estratosfera, o dióxido de enxofre e o vapor de água ejetados produzem ácido sulfúrico (H2SO4), que forma uma nuvem de partículas submicroscópicas (aerossol) que permanece na estratosfera durante alguns anos, absorvendo parte da radiação solar. A produção de dióxido de enxofre de origem antropogénica atinge 130 milhões de toneladas anuais, mas tanto os gases emitidos pelas fontes antropogénicas, como os gases emitidos pelas pequenas erupções permanecem na troposfera. A figura 2 ilustra a emissão de materiais para a estratosfera e para a troposfera.

Baseado em Mathez, E.A. e Webster, J.D., The Earth Machine: The Science of a Dynamic Planet, Clumbia, 2004



Na resposta a cada um dos itens de 1 a 4, selecione a única opção que permite obter uma afirmação correta.

1. Em 1815, a erupção do vulcão Tambora foi essencialmente…
(A) … explosiva, característica de lavas pobres em sílica
(B) … explosiva, característica de lavas ricas em sílica
(C) … efusiva, característica de lavas pobres em sílica
(D) … efusiva, característica de lavas ricas em sílica

2. A atividade vulcânica que ocorreu em Tambora foi…
(A) … consequência da divergência de duas placas de diferente densidade
(B) … sustentada por um magma com baixa percentagem de elementos voláteis
(C) … consequência da movimentação horizontal de duas placas litosféricas em limites conservativos
(D) … sustentada por um magma que resultou da fusão de materiais na presença de água

3. A mobilidade da litosfera é determinada pela…
(A) … diferença de estado físico entre a litosfera e a astenosfera
(B) … diferença de composição entre a litosfera e a astenosfera
(C) … condução de calor ao nível da litosfera
(D) … convecção de materiais na astenosfera

4. Ao longo da história da Terra, ocorreram várias extinções em massa de espécies. A associação das referidas extinções a episódios vulcânicos de grandes dimensões contraria o principio do …
(A) … catastrofismo, que defende a existência de mudanças geológicas lentas e graduais
(B) … catastrofismo, que defende a existência de mudanças geológicas rápidas e pontuais
(C) … uniformitarismo, que defende a existência de mudanças geológicas lentas e graduais
(D) … uniformitarismo, que defende a existência de mudanças geológicas rápidas e pontuais

5. Faça corresponder cada uma das manifestações de vulcanismo, expressas na coluna A, à respetiva designação, que consta da coluna B. Utilize cada letra e cada número apenas uma vez

Coluna A
a) Mistura de material piroclástico e gases, muito densa e de elevada temperatura
b) Gases vulcânicos ricos em enxofre ou em dióxido de carbono, emitidos através de fissuras no terreno
c) Material piroclástico muito fragmentado, de pequenas dimensões
d) Escoada que resulta da erupção submarina de material fluido
e) Escoada de material muito fluido que, ao solidificar, apresenta a superfície encordoada ou lisa
Coluna B
1. Lava pahoehe
2. Nuvem ardente
3. Pillow lava
4. Bomba vulcânica
5. Fumarola
6. Geiser
7. Lapilli
8. Lava aa














6. Explique a razão de apenas grandes erupções vulcânicas, como a que se verificou em Tambora, poderem causar períodos de arrefecimento global.

7. A atividade vulcânica tem impactes nos subsistemas terrestres, alguns dos quais podem constituir benefícios para o Homem.
Considerando unicamente o subsistema geosfera, relacione três aspetos da atividade vulcânica com os benefícios que desta atividade possam resultar para o Homem.

8. As afirmações seguintes dizem respeito à formação e à evolução das fontes hidrotermais profundas.
Selecione a alternativa que as avalia corretamente

1- Nas fontes hidrotermais profundas, ocorre elevada meteorização química
2- A meteorização química que ocorre na região deve-se a fenómenos de descompressão
3- A deposição dos compostos de enxofre metálicos contribui para o crescimento das chaminés
(A) 2 é verdadeira; 1 e 3 são falsas
(B) 3 é verdadeira; 1 e 2 são falsas
(C) 1 e 2 são verdadeiras; 3 é falsa
(D) 1 e 3 são verdadeiras; 2 é falsa

9. Selecione a alternativa que completa a frase seguinte, de modo a obter uma afirmação correta Nas fontes hidrotermais profundas, verifica-se…
(A) … uma emissão de cinzas e de lapilli
(B) … um baixo teor de sais dissolvidos
(C) … um fluxo de calor de elevada entalpia
(D) … uma deposição de lavas encordoadas

10. Ordene as letras de A a E de modo a reconstituir uma possível sequência cronológica dos acontecimentos relacionados com a circulação da água hidrotermal
(A) A água infiltrou-se ao longo das fraturas existentes nas rochas que compõem o cone do vulcão de Santa Helena
(B) A neve acumulada num glaciar no topo do vulcão começou a derreter em função do aumento da temperatura das rochas que se encontram por baixo
(C) A água aquecida ascende ao longo das fraturas existentes no cone vulcânico
(D) A água infiltrada aquece e pode chegar mesmo a vaporizar ao chegar perto da câmara magmática
(E) Libertação à superfície de água e vapor de água a elevadas temperaturas

11. Uma vasta área dos fundos oceânicos encontra-se coberta com sedimentos, alguns contendo minerais magnetizáveis, sendo, por isso, suscetíveis às inversões da polaridade do campo magnético terrestre. Contudo, estes sedimentos não podem ser usados para datação das rochas da crusta oceânica. Apresente uma explicação para este facto.

III

Os sismos são fenómenos com origem natural ou humana, que resultam da libertação súbita de energia acumulada nas rochas. A fracturação do material origina a libertação de energia em todas as direções, sob a forma de ondas sísmicas que ao atingirem a superfície podem causar estragos avultados e perda de vidas humanas.
Em Portugal ocorrem sismos de forma regular, não sendo a maioria sentidos pelas populações. O sismo de 1755, e o tsunami associado, causou a maior destruição de que há registo em Portugal, tendo as vítimas mortais ascendido a mais de 70 000, segundo estudos mais recentes. Foi um sismo muito forte, com uma magnitude na ordem dos 8,7.
Em 1980 ocorreu um sismo nos Açores, com epicentro próximo do Faial, com uma magnitude de 7,2, que causou 60 mortos e grandes prejuízos económicos.
Recentemente, ocorreu no dia 13 de fevereiro de 2013 um sismo com epicentro a NE de Valongo, com uma magnitude de 3,1. A figura 3 resulta de centenas de inquéritos à população sobre as consequências deste sismo. O Instituto Português do Mar e da Atmosfera determinou que o sismo foi originado a 7km de profundidade e que foi sentido com intensidade máxima III/IV (na escala de Mercalli Modificada) na região epicentral.


Na resposta a cada um dos itens de 1 a 7, selecione a única opção que permite obter uma afirmação correta

1. O sismo de Valongo originou ondas L, que …
(A) … se propagam no interior da geosfera e apresentam uma velocidade constante
(B) … apresentam grande amplitude e se propagam à superfície terrestre
(C) … se deslocam paralelamente ao raio sísmico e se propagam em qualquer meio físico
(D) … provocam movimentos de torção nas partículas e têm origem no foco

2. De acordo com a escala de Richter, a magnitude…
(A) … quantifica a quantidade de energia libertada no foco sísmico
(B) … varia de forma inversa com a amplitude das ondas sísmicas
(C) … quantifica os danos causados pelo sismo nas construções
(D) … varia de forma direta com a profundidade do hipocentro

3. As primeiras ondas registadas num sismograma são …
(A) … longitudinais, provocando a vibração das partículas paralelamente à direção de propagação da onda
(B) … longitudinais, provocando a vibração das partículas numa direção perpendicular ao raio sísmico
(C) … transversais, provocando a vibração das partículas paralelamente à direção de propagação da onda
(D) … transversais, provocando a vibração das partículas numa direção perpendicular ao raio sísmico

4. Com base nos relatos é possível determinar a (…) dos sismos, indicador da (…).
(A) … intensidade (…) energia libertada
(B) … intensidade (…) destruição causada
(C) … magnitude (…) energia libertada
(D) … magnitude (…) destruição causada

5. Com base nos dados, é possível concluir que…
(A) … nas regiões mais afastadas do epicentro, como por exemplo Bragança, o sismo não foi sentido
(B) … o sismo foi pouco intenso por ocorreu a profundidades reduzidas
(C) … a intensidade diminui nas regiões mais próximas do epicentro
(D) … a intensidade é constante, independentemente da distância ao epicentro

6. A intensidade sísmica é um valor que (…) com a distância ao epicentro, enquanto a magnitude é um valor (…) para um dado sismo
(A) … varia (…) fixo
(B) … não varia (…) variável
(C) … varia (…) variável
(D) … não varia (…) fixo

7. O sismo de Valongo deverá estar associado…
(A) … à atividade tectónica
(B) … ao enchimento de uma barragem
(C) … à atividade vulcânica
(D) … ao abatimento de minas

8. Analise as afirmações que se seguem, relativas à formação e propagação de ondas sísmicas geradas por um sismo. Reconstitua a sequência temporal dos acontecimentos mencionados, segundo uma relação de causa-efeito, colocando por ordem as letras que os identificam.

A. Acumulação de energia em materiais rochosos, em profundidade, ao longo do tempo.
B. Propagação de ondas P e S a partir do foco
C. Propagação de ondas L a partir do epicentro
D. Chegada das ondas S ao epicentro
E. Chegada das ondas S a uma dada estação, três minutos após as ondas P

9. Justifique a importância da elaboração de cartas de isossistas de intensidades máximas de uma dada região.

10. Faça corresponder cada um dos elementos utilizados em sismologia expressos na coluna A à respetiva designação, que consta da coluna B. Utilize cada letra e cada número apenas uma vez.

Coluna A
a) Ponto à superfície, localizando na vertical do foco sísmico
b) Parâmetro que avalia os efeitos de um sismo
c) Ponto a partir do qual ocorre a propagação de energia sísmica
d) Instrumento que regista as vibrações do solo
e) Parâmetro que avalia a energia libertada na origem de um sismo
Coluna B
1. Magnitude
2. Sismógrafo
3. Sismómetro
4. Amplitude
5. Epicentro
6. Hipocentro
7. Intensidade
8. Isossista












11. As ondas P distinguem-se das ondas superficiais por…
(A) … se propagarem apenas em meios sólidos
(B) … a sua velocidade ser sempre constante
(C) … a sua velocidade não ser constante
(D) … serem de grande amplitude

12. Ordene as letras de A a E de modo a reconstruir a sequência cronológica dos acontecimentos responsáveis pela ocorrência do sismo de Valongo.
A. Rutura das rochas a 7km de profundidade
B. Propagação das ondas P e S a partir do hipocentro
C. Sismógrafos em Espanha registam as ondas
D. As ondas sísmicas atingem o epicentro
E. Perceção do sismo no Porto

quarta-feira, 1 de junho de 2016

Exercícios sobre testes intermédios retirados de Exames Nacionais #1

1.O plâncton, base da alimentação de ecossistemas aquáticos, é composto por um número elevado de organismos de dimensões e formas diversas, pertencentes aos mais variados grupos taxonómicos. No zooplâncton, predominam protozoários, rotíferos e crustáceos. Nas cadeias alimentares, os rotíferos servem de alimento às crias de inúmeras espécies de peixes. Os rotíferos são omnívoros e apresentam um sistema digestivo completo. Estes organismos não possuem nem sistema circulatório, nem sistema respiratório e controlam a osmolaridade do seu meio interno através de uma bexiga pulsátil.
O ciclo de vida dos rotíferos, representado na figura 1, inclui reprodução assexuada e reprodução sexuada. As fêmeas produzem geralmente dois tipos de óvulos, ambos de casca fina: óvulos de “Verão” e óvulos de “Inverno”. Os primeiros desenvolvem-se rapidamente, sem fecundação prévia, produzindo somente fêmeas. Perante alterações ambientais, como, por exemplo, a escassez do alimento, produz-se uma geração cujas fêmeas põem óvulos de “Inverno” que, se não forem previamente fecundados, se desenvolvem em machos de reduzidas dimensões e férteis. Os ovos formados, denominados ovos de dormência, apresentam uma casca resistente e espessa, podendo permanecer em repouso por longos períodos de tempo e sobreviver à dessecação e ao congelamento. Ao eclodirem, esses ovos originam fêmeas.

Exame Nacional 2010 1ªfase

1.1. Selecciona a opção correcta.
No ciclo de vida esquematizado na figura 1, a letra X representa o processo em que cada óvulo apresenta _____ número de cromossomas da fêmea, e a letra _____ representa o processo que assegura a variabilidade genética através do crossing over.

1.2. Selecciona a opção correcta.
As fêmeas que resultam de ovos de dormência são…
(A) haplontes e originam fêmeas por partenogénese
(B) haplontes e originam fêmeas por gemulação
(C) diplontes e originam fêmeas por gemulação
(D) diplontes e originam fêmeas por partenogénese

2. As Feófitas são algas castanhas macroscópicas, que apresentam dimensões muito variadas, podendo atingir cerca de cem metros de comprimento. Sendo um grupo maioritariamente marinho, com cerca de 1500 espécies, encontra-se geralmente próximo da superfície do mar. O talo das Feófitas diferenciam-se em três partes: os discos de fixação, que lhes permite fixarem-se a um substrato, o estipe, cilíndrico e alongado, e a lâmina, que encima o estipe. Possuem como pigmentos fotossintéticos as clorofilas a e c, associadas a carotenóides, que lhes conferem a cor castanha. A parede celular contém fundamentalmente celulose, apresentando outras substâncias como a algina, utilizada no fabrico de doces, gelados e na industria farmacêutica, tendo a laminaria como substância de reserva.
A maior das algas castanhas, Macrocystis, também denominada “sequóia dos mares”, pode ultrapassar cem metros de comprimento. O crescimento de Macrocystis é assegurado pela atividade de uma região meristemática, localizada na junção do estipe com a lâmina. Esta alga não necessita de um mecanismo para o transporte interno de água. Contudo, precisa de conduzir glícidos das zonas superiores do talo, mais bem iluminadas, para as zonas mais profundas.
O estipe possui cordões de células alongadas, que se assemelham ao floema, por apresentarem placas crivosas.
No ciclo de vida de outra Feófitas, a Laminaria, representado na figura 2, as fases haplóide e diplóide são perfeitamente distintas. A alga é o esporófito e, na sua superfície, desenvolvem-se esporângios, produtores de esporos. Estes originam gametófitos filamentosos e microscópicos, que produzem gâmetas, oosferas e anterozóides. Após a sua união, os zigotos desenvolvem-se em novas algas de Laminaria.

Exame Nacional 2010 2ª fase



Seleccione em cada uma das questões (2.1 a 2.6), a única opção que permite obter uma afirmação correcta.

2.1. Seleccione a única opção que permite obter uma afirmação correcta.
Macrocystis e Laminaria têm em comum com os organismos do reino Plantae...
(A) a nutrição por absorção com digestão extracorporal.
(B) a substância de reserva e a organização celular.
(C) a presença de clorofila e o polissacarídeo estrutural.
(D) a produção de energia química através da quimioautotrofia.

2.2. Seleccione a única opção que permite obter uma afirmação correcta.
Na região meristemática do estipe de Macrocystis, encontra-se um grande número de células em
divisão...
(A) meiótica, responsável pela sobrevivência em condições desfavoráveis.
(B) meiótica, responsável pelo crescimento e pela renovação celular.
(C) mitótica, responsável pelo crescimento e pela renovação celular.
(D) mitótica, responsável pela sobrevivência em condições desfavoráveis.

2.3. No ciclo de vida de Laminaria, esquematizado na Figura 2, o processo que origina a variabilidade genética
da descendência, através do crossing-over, ocorre na formação de _______, originando estes
entidades _______ e pluricelulares.
(A) gâmetas … diplóides
(B) esporos … haplóides
(C) esporos … diplóides
(D) gâmetas … haplóides

2.4. As células do esporófito, no ciclo de vida de Laminaria, são geneticamente idênticas ao _______ e as células dos gametófitos _______ pares de cromossomas homólogos.
(A) esporo … apresentam
(B) zigoto … apresentam
(C) esporo … não apresentam
(D) zigoto … não apresentam

2.5. Na fase haplóide do ciclo de vida de Laminaria,...
(A) os gametófitos resultam da germinação de esporos diferentes.
(B) os gametófitos são entidades unicelulares que participam na fecundação.
(C) o esporófito é uma entidade pluricelular que forma esporângios.
(D) o esporófito origina esporos morfologicamente diferentes.

2.6. Quando, durante um período de tempo, uma alga liberta para o meio maior quantidade de átomos de
carbono do que a quantidade que fixa através da fotossíntese, a alga recorre à _______ de glícidos de
reserva, _______ ATP neste processo.
(A) hidrólise … consumindo
(B) síntese … produzindo
(C) hidrólise … produzindo
(D) síntese … consumindo

3. O pinheiro bravo (Pinus pinaster) esta sujeito a uma doenca designada por doenca da murchidao do
pinheiro. As arvores afectadas apresentam, ao fim de algumas semanas, uma diminuicao no fluxo de resina,
amarelecimento e emurchecimento progressivos das folhas, comecando pelas mais jovens. A murchidao do
pinheiro e causada pelo Nematode da Madeira do Pinheiro (NMP), Bursaphelenchus xylophilus, um pequeno
animal que mede menos de 1,5 mm de comprimento e infecta as arvores atraves de um insecto vector, o
Monochamus galloprovincialis.
O pinheiro e infectado atraves do insecto vector quando este se alimenta. Uma vez no interior da planta,
ocorre uma rapida proliferacao do Bursaphelenchus xylophilus, que se alimenta inicialmente dos tecidos dos
canais resiniferos. Posteriormente, o NMP invade os canais resiniferos associados ao xilema e outros tecidos
corticais, provocando a destruicao das paredes celulares e, simultaneamente, a formacao de bolhas de ar
nos vasos xilemicos, provocando a sua morte.
Em arvores mortas ou em restos de madeira infectada, o insecto vector coloca os seus ovos, que virao
a transformar-se em pupas. Estas sao invadidas por agregados de larvas de NMP, que se alojam no sistema
respiratorio do insecto vector. Este, ao alimentar-se, alastra a infeccao pela populacao de pinheiros.
Exame Nacional 2009 1ªfase
Seleccione em cada uma das questões (3.1 e 3.2), a única opção que permite obter uma afirmação correcta.

3.1.
No combate a doenca da murchidao do pinheiro, o exterminio do insecto vector seria uma estrategia de
sucesso, uma vez que...
(A) o NMP nao poderia completar o seu ciclo de vida.
(B) o ciclo de proliferacao do NMP seria interrompido.
(C) a populacao do NMP de cada pinheiro ficaria isolada.
(D) a dispersao do NMP tenderia a aumentar.

3.2. A infecção do insecto vector processa-se durante a sua _______, através de um estádio de
desenvolvimento _______ do NMP.
(A) reprodução … pós-zigótico
(B) reprodução … pré-zigótico
(C) alimentação … pós-zigótico
(D) alimentação … pré-zigótico

4. Toxoplasma gondii (T. gondii) é um parasita intracelular obrigatório, cujos hospedeiros são sempre
animais endotérmicos. De entre eles, o gato é o hospedeiro que assume particular relevância no seu ciclo de vida. Depois da ingestão de pedaços de carne contendo cistos, estes invadem células da parede do intestino do gato, desenquistam, multiplicam-se e diferenciam-se em gametócitos. Estes fundem-se, originando o ocisto, que é expulso para o ambiente no interior das fezes. O ocisto sofre meiose, originando esporozoítos – células muito resistentes e altamente infecciosas –, que podem permanecer durante muitos anos em ambientes húmidos. Após serem ingeridos por um segundo hospedeiro, os esporozoítos diferenciam-se em taquizoítos, que se multiplicam rapidamente e originam uma infecção aguda. Na maioria dos hospedeiros, no entanto, a infecção torna-se crónica, porque os taquizoítos se modificam para outra forma, os bradizoítos, que são cistos onde as divisões celulares ocorrem muito lentamente. Os tecidos infectados com bradizoítos persistem durante toda a vida do hospedeiro. Se um novo hospedeiro ingerir tecidos contendo esporozoítos ou bradizoítos, estes diferenciam-se em taquizoítos, e a infecção propaga-se.
A Figura 1 representa, de forma esquemática, o ciclo de vida de T. gondii.
Exame Nacional 2008 2ª fase




4.1. Classifique como verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das afirmações seguintes, referentes ao ciclo de
vida de Toxoplasma gondii.
(A) Os ocistos são células diplóides que se originam por fecundação.
(B) Os gametócitos exercem a função de gâmetas.
(C) T. gondii provoca infecção no rato, por multiplicação de células diplóides.
(D) A fase sexuada do ciclo de vida é a causa da infecção aguda no rato.
(E) A parte do ciclo de vida que ocorre no gato aumenta a variabilidade genética de T. gondii.
(F) O ciclo de vida é haplonte, apresentando meiose pré-espórica.
(G) Na ausência de gato, a propagação de T. gondii faz-se por reprodução assexuada.
(H) Esporozoítos, taquizoítos e bradizoítos são células haplóides.

4.2. Na multiplicação de taquizoítos, verifica-se...
(A) … emparelhamento de cromossomas homólogos.
(B) … colocação, ao acaso, de bivalentes na placa metafásica.
(C) … redução a metade do número de cromossomas.
(D) … manutenção do número de cromossomas das células produzidas.

5. O diagrama da Figura 3 representa, de forma esquemática, estruturas e processos que caracterizam diferentes tipos de ciclos de vida.

Exame Nacional 2008 1ª fase
Seleccione em cada uma das questões (5.1 e 5.2), a única opção que permite obter uma afirmação correcta.

5.1. O ciclo C representa um ciclo de vida ______, porque a meiose é ______.
(A) diplonte (…) pós-zigótica.
(B) diplonte (…) pré-gamética.
(C) haplonte (…) pós-zigótica.
(D) haplonte (…) pré-gamética.

5.2. No ciclo de vida B, a entidade multicelular adulta desenvolve-se a partir de…
(A) … uma célula haplóide.
(B) … uma célula diplóide.
(C) … um zigoto.
(D) … um gâmeta.

6.A reprodução sexuada caracteriza-se pela ocorrência de fecundação e meiose. Relacione a ocorrência desses dois processos no ciclo reprodutivo de qualquer espécie com a manutenção do número de cromossomas que caracteriza essa espécie.

7. Um grupo de investigadores descobriu que a planta do milho, quando atacada, emite um pedido de socorro químico. A planta responde ao ataque da lagarta (Mythimna convecta), libertando uma mistura de químicos voláteis, os quais acabam por atrair uma vespa parasitóide (Apanteles ruficrus), que deposita os seus ovos no interior do corpo da lagarta. Quando os ovos eclodem, as larvas da vespa alimentam-se da lagarta até emergirem à superfície, fixando-se em casulos, onde se metamorfoseiam em pequenas vespas. Esta «bomba-relógio» biológica acaba por matar a lagarta. Recentemente, descobriu-se que é necessária uma substância química, presente na saliva de Mythimna convecta, para desencadear o pedido de socorro químico por parte da planta.
A figura 2 representa esquematicamente o ciclo de
vida de Mythimna convecta.



 7.1. Analise as afirmações que se seguem, relativas ao ciclo de vida de Mythimna convecta. Reconstitua a sequência temporal dos acontecimentos que culminam na formação de um ovo, colocando por ordem as letras que os identificam.
 A – Formação do casulo e desenvolvimento da pupa, à custa de reservas alimentares acumuladas.
B – Meiose das células da linha germinativa e formação de células sexuais. C – União de gâmetas haplóides com restabelecimento da diploidia.
D – Mitoses e diferenciação celular originam um organismo pluricelular, que se alimenta da planta.
E – Mitoses e expressão diferencial do genoma dão origem à forma com capacidade reprodutora.

8. As leveduras apresentam dois tipos de reprodução: sexuada e assexuada. A figura 7 representa esquematicamente o ciclo de vida da levedura Saccharomyces cerevisae.


8.1. Classifique como verdadeira ou falsa cada uma das seguintes afirmações, relativas à interpretação do ciclo de vida esquematizado na figura 7.
A- Os esporos dão origem a leveduras haplóides.
B- A levedura assinalada com a letra X é diplóide.
C- A levedura assinalada com a letra Y pode dividir-se por mitose.
D- Os esporos representados resultam de mitoses sucessivas.
E- A célula assinalada com a letra Y pode reproduzir-se por gemulação.
F- Os esporos de Saccharomyces cerevisae são diploides.
G- A gemulação da levedura X é responsável pela alternância de fases nucleares.
H- As leveduras X e Y apresentam a mesma informação genética.