quarta-feira, 1 de junho de 2016

Exercícios sobre testes intermédios retirados de Exames Nacionais #1

1.O plâncton, base da alimentação de ecossistemas aquáticos, é composto por um número elevado de organismos de dimensões e formas diversas, pertencentes aos mais variados grupos taxonómicos. No zooplâncton, predominam protozoários, rotíferos e crustáceos. Nas cadeias alimentares, os rotíferos servem de alimento às crias de inúmeras espécies de peixes. Os rotíferos são omnívoros e apresentam um sistema digestivo completo. Estes organismos não possuem nem sistema circulatório, nem sistema respiratório e controlam a osmolaridade do seu meio interno através de uma bexiga pulsátil.
O ciclo de vida dos rotíferos, representado na figura 1, inclui reprodução assexuada e reprodução sexuada. As fêmeas produzem geralmente dois tipos de óvulos, ambos de casca fina: óvulos de “Verão” e óvulos de “Inverno”. Os primeiros desenvolvem-se rapidamente, sem fecundação prévia, produzindo somente fêmeas. Perante alterações ambientais, como, por exemplo, a escassez do alimento, produz-se uma geração cujas fêmeas põem óvulos de “Inverno” que, se não forem previamente fecundados, se desenvolvem em machos de reduzidas dimensões e férteis. Os ovos formados, denominados ovos de dormência, apresentam uma casca resistente e espessa, podendo permanecer em repouso por longos períodos de tempo e sobreviver à dessecação e ao congelamento. Ao eclodirem, esses ovos originam fêmeas.

Exame Nacional 2010 1ªfase

1.1. Selecciona a opção correcta.
No ciclo de vida esquematizado na figura 1, a letra X representa o processo em que cada óvulo apresenta _____ número de cromossomas da fêmea, e a letra _____ representa o processo que assegura a variabilidade genética através do crossing over.

1.2. Selecciona a opção correcta.
As fêmeas que resultam de ovos de dormência são…
(A) haplontes e originam fêmeas por partenogénese
(B) haplontes e originam fêmeas por gemulação
(C) diplontes e originam fêmeas por gemulação
(D) diplontes e originam fêmeas por partenogénese

2. As Feófitas são algas castanhas macroscópicas, que apresentam dimensões muito variadas, podendo atingir cerca de cem metros de comprimento. Sendo um grupo maioritariamente marinho, com cerca de 1500 espécies, encontra-se geralmente próximo da superfície do mar. O talo das Feófitas diferenciam-se em três partes: os discos de fixação, que lhes permite fixarem-se a um substrato, o estipe, cilíndrico e alongado, e a lâmina, que encima o estipe. Possuem como pigmentos fotossintéticos as clorofilas a e c, associadas a carotenóides, que lhes conferem a cor castanha. A parede celular contém fundamentalmente celulose, apresentando outras substâncias como a algina, utilizada no fabrico de doces, gelados e na industria farmacêutica, tendo a laminaria como substância de reserva.
A maior das algas castanhas, Macrocystis, também denominada “sequóia dos mares”, pode ultrapassar cem metros de comprimento. O crescimento de Macrocystis é assegurado pela atividade de uma região meristemática, localizada na junção do estipe com a lâmina. Esta alga não necessita de um mecanismo para o transporte interno de água. Contudo, precisa de conduzir glícidos das zonas superiores do talo, mais bem iluminadas, para as zonas mais profundas.
O estipe possui cordões de células alongadas, que se assemelham ao floema, por apresentarem placas crivosas.
No ciclo de vida de outra Feófitas, a Laminaria, representado na figura 2, as fases haplóide e diplóide são perfeitamente distintas. A alga é o esporófito e, na sua superfície, desenvolvem-se esporângios, produtores de esporos. Estes originam gametófitos filamentosos e microscópicos, que produzem gâmetas, oosferas e anterozóides. Após a sua união, os zigotos desenvolvem-se em novas algas de Laminaria.

Exame Nacional 2010 2ª fase



Seleccione em cada uma das questões (2.1 a 2.6), a única opção que permite obter uma afirmação correcta.

2.1. Seleccione a única opção que permite obter uma afirmação correcta.
Macrocystis e Laminaria têm em comum com os organismos do reino Plantae...
(A) a nutrição por absorção com digestão extracorporal.
(B) a substância de reserva e a organização celular.
(C) a presença de clorofila e o polissacarídeo estrutural.
(D) a produção de energia química através da quimioautotrofia.

2.2. Seleccione a única opção que permite obter uma afirmação correcta.
Na região meristemática do estipe de Macrocystis, encontra-se um grande número de células em
divisão...
(A) meiótica, responsável pela sobrevivência em condições desfavoráveis.
(B) meiótica, responsável pelo crescimento e pela renovação celular.
(C) mitótica, responsável pelo crescimento e pela renovação celular.
(D) mitótica, responsável pela sobrevivência em condições desfavoráveis.

2.3. No ciclo de vida de Laminaria, esquematizado na Figura 2, o processo que origina a variabilidade genética
da descendência, através do crossing-over, ocorre na formação de _______, originando estes
entidades _______ e pluricelulares.
(A) gâmetas … diplóides
(B) esporos … haplóides
(C) esporos … diplóides
(D) gâmetas … haplóides

2.4. As células do esporófito, no ciclo de vida de Laminaria, são geneticamente idênticas ao _______ e as células dos gametófitos _______ pares de cromossomas homólogos.
(A) esporo … apresentam
(B) zigoto … apresentam
(C) esporo … não apresentam
(D) zigoto … não apresentam

2.5. Na fase haplóide do ciclo de vida de Laminaria,...
(A) os gametófitos resultam da germinação de esporos diferentes.
(B) os gametófitos são entidades unicelulares que participam na fecundação.
(C) o esporófito é uma entidade pluricelular que forma esporângios.
(D) o esporófito origina esporos morfologicamente diferentes.

2.6. Quando, durante um período de tempo, uma alga liberta para o meio maior quantidade de átomos de
carbono do que a quantidade que fixa através da fotossíntese, a alga recorre à _______ de glícidos de
reserva, _______ ATP neste processo.
(A) hidrólise … consumindo
(B) síntese … produzindo
(C) hidrólise … produzindo
(D) síntese … consumindo

3. O pinheiro bravo (Pinus pinaster) esta sujeito a uma doenca designada por doenca da murchidao do
pinheiro. As arvores afectadas apresentam, ao fim de algumas semanas, uma diminuicao no fluxo de resina,
amarelecimento e emurchecimento progressivos das folhas, comecando pelas mais jovens. A murchidao do
pinheiro e causada pelo Nematode da Madeira do Pinheiro (NMP), Bursaphelenchus xylophilus, um pequeno
animal que mede menos de 1,5 mm de comprimento e infecta as arvores atraves de um insecto vector, o
Monochamus galloprovincialis.
O pinheiro e infectado atraves do insecto vector quando este se alimenta. Uma vez no interior da planta,
ocorre uma rapida proliferacao do Bursaphelenchus xylophilus, que se alimenta inicialmente dos tecidos dos
canais resiniferos. Posteriormente, o NMP invade os canais resiniferos associados ao xilema e outros tecidos
corticais, provocando a destruicao das paredes celulares e, simultaneamente, a formacao de bolhas de ar
nos vasos xilemicos, provocando a sua morte.
Em arvores mortas ou em restos de madeira infectada, o insecto vector coloca os seus ovos, que virao
a transformar-se em pupas. Estas sao invadidas por agregados de larvas de NMP, que se alojam no sistema
respiratorio do insecto vector. Este, ao alimentar-se, alastra a infeccao pela populacao de pinheiros.
Exame Nacional 2009 1ªfase
Seleccione em cada uma das questões (3.1 e 3.2), a única opção que permite obter uma afirmação correcta.

3.1.
No combate a doenca da murchidao do pinheiro, o exterminio do insecto vector seria uma estrategia de
sucesso, uma vez que...
(A) o NMP nao poderia completar o seu ciclo de vida.
(B) o ciclo de proliferacao do NMP seria interrompido.
(C) a populacao do NMP de cada pinheiro ficaria isolada.
(D) a dispersao do NMP tenderia a aumentar.

3.2. A infecção do insecto vector processa-se durante a sua _______, através de um estádio de
desenvolvimento _______ do NMP.
(A) reprodução … pós-zigótico
(B) reprodução … pré-zigótico
(C) alimentação … pós-zigótico
(D) alimentação … pré-zigótico

4. Toxoplasma gondii (T. gondii) é um parasita intracelular obrigatório, cujos hospedeiros são sempre
animais endotérmicos. De entre eles, o gato é o hospedeiro que assume particular relevância no seu ciclo de vida. Depois da ingestão de pedaços de carne contendo cistos, estes invadem células da parede do intestino do gato, desenquistam, multiplicam-se e diferenciam-se em gametócitos. Estes fundem-se, originando o ocisto, que é expulso para o ambiente no interior das fezes. O ocisto sofre meiose, originando esporozoítos – células muito resistentes e altamente infecciosas –, que podem permanecer durante muitos anos em ambientes húmidos. Após serem ingeridos por um segundo hospedeiro, os esporozoítos diferenciam-se em taquizoítos, que se multiplicam rapidamente e originam uma infecção aguda. Na maioria dos hospedeiros, no entanto, a infecção torna-se crónica, porque os taquizoítos se modificam para outra forma, os bradizoítos, que são cistos onde as divisões celulares ocorrem muito lentamente. Os tecidos infectados com bradizoítos persistem durante toda a vida do hospedeiro. Se um novo hospedeiro ingerir tecidos contendo esporozoítos ou bradizoítos, estes diferenciam-se em taquizoítos, e a infecção propaga-se.
A Figura 1 representa, de forma esquemática, o ciclo de vida de T. gondii.
Exame Nacional 2008 2ª fase




4.1. Classifique como verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das afirmações seguintes, referentes ao ciclo de
vida de Toxoplasma gondii.
(A) Os ocistos são células diplóides que se originam por fecundação.
(B) Os gametócitos exercem a função de gâmetas.
(C) T. gondii provoca infecção no rato, por multiplicação de células diplóides.
(D) A fase sexuada do ciclo de vida é a causa da infecção aguda no rato.
(E) A parte do ciclo de vida que ocorre no gato aumenta a variabilidade genética de T. gondii.
(F) O ciclo de vida é haplonte, apresentando meiose pré-espórica.
(G) Na ausência de gato, a propagação de T. gondii faz-se por reprodução assexuada.
(H) Esporozoítos, taquizoítos e bradizoítos são células haplóides.

4.2. Na multiplicação de taquizoítos, verifica-se...
(A) … emparelhamento de cromossomas homólogos.
(B) … colocação, ao acaso, de bivalentes na placa metafásica.
(C) … redução a metade do número de cromossomas.
(D) … manutenção do número de cromossomas das células produzidas.

5. O diagrama da Figura 3 representa, de forma esquemática, estruturas e processos que caracterizam diferentes tipos de ciclos de vida.

Exame Nacional 2008 1ª fase
Seleccione em cada uma das questões (5.1 e 5.2), a única opção que permite obter uma afirmação correcta.

5.1. O ciclo C representa um ciclo de vida ______, porque a meiose é ______.
(A) diplonte (…) pós-zigótica.
(B) diplonte (…) pré-gamética.
(C) haplonte (…) pós-zigótica.
(D) haplonte (…) pré-gamética.

5.2. No ciclo de vida B, a entidade multicelular adulta desenvolve-se a partir de…
(A) … uma célula haplóide.
(B) … uma célula diplóide.
(C) … um zigoto.
(D) … um gâmeta.

6.A reprodução sexuada caracteriza-se pela ocorrência de fecundação e meiose. Relacione a ocorrência desses dois processos no ciclo reprodutivo de qualquer espécie com a manutenção do número de cromossomas que caracteriza essa espécie.

7. Um grupo de investigadores descobriu que a planta do milho, quando atacada, emite um pedido de socorro químico. A planta responde ao ataque da lagarta (Mythimna convecta), libertando uma mistura de químicos voláteis, os quais acabam por atrair uma vespa parasitóide (Apanteles ruficrus), que deposita os seus ovos no interior do corpo da lagarta. Quando os ovos eclodem, as larvas da vespa alimentam-se da lagarta até emergirem à superfície, fixando-se em casulos, onde se metamorfoseiam em pequenas vespas. Esta «bomba-relógio» biológica acaba por matar a lagarta. Recentemente, descobriu-se que é necessária uma substância química, presente na saliva de Mythimna convecta, para desencadear o pedido de socorro químico por parte da planta.
A figura 2 representa esquematicamente o ciclo de
vida de Mythimna convecta.



 7.1. Analise as afirmações que se seguem, relativas ao ciclo de vida de Mythimna convecta. Reconstitua a sequência temporal dos acontecimentos que culminam na formação de um ovo, colocando por ordem as letras que os identificam.
 A – Formação do casulo e desenvolvimento da pupa, à custa de reservas alimentares acumuladas.
B – Meiose das células da linha germinativa e formação de células sexuais. C – União de gâmetas haplóides com restabelecimento da diploidia.
D – Mitoses e diferenciação celular originam um organismo pluricelular, que se alimenta da planta.
E – Mitoses e expressão diferencial do genoma dão origem à forma com capacidade reprodutora.

8. As leveduras apresentam dois tipos de reprodução: sexuada e assexuada. A figura 7 representa esquematicamente o ciclo de vida da levedura Saccharomyces cerevisae.


8.1. Classifique como verdadeira ou falsa cada uma das seguintes afirmações, relativas à interpretação do ciclo de vida esquematizado na figura 7.
A- Os esporos dão origem a leveduras haplóides.
B- A levedura assinalada com a letra X é diplóide.
C- A levedura assinalada com a letra Y pode dividir-se por mitose.
D- Os esporos representados resultam de mitoses sucessivas.
E- A célula assinalada com a letra Y pode reproduzir-se por gemulação.
F- Os esporos de Saccharomyces cerevisae são diploides.
G- A gemulação da levedura X é responsável pela alternância de fases nucleares.
H- As leveduras X e Y apresentam a mesma informação genética.

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